segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cada escolha, uma renuncia!

Escolher algo nunca é fácil, desde coisas simples como: o que comer, que roupa usar, aonde ir, até as mais difíceis como: onde morar, que carreira seguir, com quem casar, etc. Realmente não é nada fácil escolher! Talvez isto se torne tão difícil, pelo simples e detalhe despercebido, de que invariavelmente, dizer sim a uma coisa, é dizer não para outra, escolher isto significa renunciar aquilo! Não podemos pensar que só renunciamos algo, quando olhamos aquilo e dizemos: não, renunciamos muito mais coisas quando dizemos sim, do que quando dizemos não, o problema está quando apenas pensamos nos sim e estes dado muitas vezes de forma impensada e prematura, como se atravessássemos a rua sem olhar os dois lados e de fato fazemos isto muitas vezes na avenida da vida. Toda escolha tem uma renuncia e se temos que escolher, se vamos escolher, porque não analisar o tamanho da renuncia? Se toda ação gera uma reação, porque só agir? A empolgação e o glamour postos sobre o sim, geram muitas vezes um esquecimento do não, existem filhos abandonado, processando e até matando pais, por causa de um não, funcionários se demitindo, jovens se drogando, meninas se prostituindo, chefes maltratando, por causa de um não, pelo fato de se ter pensado que a vida era uma pergunta de uma resposta só! É a era do sim, do tudo liberado, do: vamos façam o que te der na telha, ninguém é dono do seu nariz, da ilusória linha de chagada, do falso topo da pirâmide, aonde após muitos chegarem, descobrirem que renunciaram suas vidas por nada, ou melhor, por grana, por status, por uma noite, por um cargo, chegando a olhar pra trás e perceberem que nada disto vale sua vida! Toda escolha trás uma renuncia, todo sim traz um não, todo não traz um sim, pois se dissermos um não na hora certa, podemos mudar muita coisa. Quando dizemos escolhemos uma noitada, estamos renunciando uma noite de sono, quando escolhemos uma profissão, estamos renunciando todas as outras, escolher viver desenfreada mente, como muito jovens o fazem, muitas vezes significa renunciar a vida, pois morrem em acidentes de carro, em brigas, em transações ilegais, por doenças comuns e até mesmo as sexualmente transmissíveis. Por outro lado, jogadores renunciam a família e até o país, para seguirem a profissão, estudantes renunciam noites de sono, para estudarem matérias mais difíceis, músicos renunciam o tempo livre, para passá-lo repetindo por varias vezes um mesmo trecho, assim com dançarinos, atletas, atores, etc. Mas esta renuncia, está acarretando uma escolha, este não esta trazendo um sim, um sim para condições financeiras melhores, para uma profissão, para uma perfeição e excelência naquilo que se propôs a fazer. Não temos costume de medirmos nossas escolhas, nossa balança está sempre tombada para o lado do sim, nosso pirão sempre está semi-pronto, a sardinha sempre está um pouco mais para cá, nossas escolhas estão sempre recheadas de emoção, escolhemos o que está a nosso alcance e o que não, o que é nosso e o que não, nossa moeda só tem cara, metemos a cara, quebramos a cara e perdemos a coroa, a profissão, a qualidade, a vida! Antes de escolher, pense na renuncia, olhe para os dois lados, para a mão e a contramão, pense se vale a pena um sim no lugar de um não, se você é fortão para remar contra a maré, se você tem controle suficiente para se manter parado, se você é bonita o suficiente para permanecer vestida, se é bom líder enquanto chama a atenção de alguém, se você é funcionário padrão neste posto mesmo, se continua amigo do peito, não metendo o peito, se é malandro para os estudos! Pensar não custa nada, mas não fazê-lo sempre sai caro, pois preço pode ser pago até mesmo com ávida! Haverá horas em que renunciar será melhor que escolher, mas se tiver que escolher, deve estar pronto, pois toda escolha tem uma renuncia! Luciano Pierre dos Santos

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