segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Tenho amigos para saber quem eu sou.

"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril " [Oscar Wild]

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Era uma vez...

Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre... Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma: - Eu, hein?... nem morta! [Luís Fernando Veríssimo]

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pois cansei de me desencontrar."

"Se for me levar, que seja toda, pacote completo: qualidades, imperfeições e todo o resto. Não sou fragmentada, sou inteira, embora eu seja tanto errada. Se gostar de mim, que seja assim: inclusive e apesar dos defeitos que tenho. Como todo e bom ser da espécie humana, também tenho os meus dias ruins... dias em que o sol teima em não sair, dias de choro fácil e riso emprestado, dias em que as esquisitices me roubam a poesia e a impaciência vence a batalha contra a crença. A minha inquietude mora no acaso e o conforto na certeza. Portanto, se for me levar, que seja toda, pois cansei de me desencontrar." [Gabriela Castro]

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Memorias...

Hoje precisava mais do que nunca escrever, colocar pra fora toda essa sensação presa em mim. Nós ultimo dias foram muitas memorias... Lembrar se faz necessário mesmo que seja doloroso, foram enumeras lembranças vindo a tona como se precisa-se de fato contar a historia, sabe aquelas que nem sempre dão certo, mas é que ainda não acabei de escreve-la, quero que demore muito pra chegar o fim dessa historia e que tenha muitos finais felizes, que seja bem mais do os tristes.Mas enfim, fiz memoria de muita coisa boa e de algumas tristes, senti o perfume,como se estivesse me transportado de volta sabe, o toque, o sons tudo muito real, de fato contar historias da vida nos faz revive-las , em alguns instantes foi maravilhoso, outros tive vontade de pular a pagina, como se não fizesse parte desse projeto, mas infelizmente precisei contar essa parte também. Memorias, memorias e mais memorias e assim podemos perceber como é bom viver, quanta coisa já se passou e quanto ainda temos pra viver, ainda muitos cheiros, muitos sons, muitos sabores...